sexta-feira, 4 de julho de 2008

Conhecimento !?


O objetivo deste Blog é construir com o leitor um breve entendimento, através da história, sobre a compreensão das influências de várias teorias do conhecimento estabelecendo parâmetros de avaliação, critérios de verdade, objetivação, metodologia e relação sujeito e objeto para os vários modos de conhecimentos diante da crise da razão que se instaurou no século XX e que há de se prolongar neste presente século, através dos desafios da construção de uma ética normativa compatível com as evoluções das descobertas e do conhecimento no campo científico.

Terminamos por conceituar o conhecimento: Conhecimento é a relação que se estabelece entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.

Octavio Ianni - Sociologo Brasileiro


Em suas pesquisas especializou-se na análise do populismo e do imperialismo. Fez parte da chamada "Escola Paulista de Sociologia", cuja principal referência é Florestan Fernandes. Na década de 90, sua pesquisa se focou mais na crítica à nova ordem global. Foi um dos sociólogos mais influentes do Brasil.

Florestan


Na universidade, Florestan inaugura uma nova fase de sua vida. Engajado nos estudos e na reflexão sobre a sociedade, aprofunda-se no pensamento de Émile Durkheim e dos demais pensadores da sociologia positivista. Como um intelectual orgânico, introduz no meio acadêmico um novo perfil intelectual, responsabilizando-se e engajando-se nos problemas da realidade social brasileira, sobretudo na militância em prol das pessoas de condições menos favorecidas. Na década de 1940, Florestan participava de um grupo marxista, no qual se dedicou ao estudo da obra de Marx e sofreu uma influência muito grande, principalmente sobre o pensamento dialético, pois isso o ajudou a entender melhor a dominação da sociedade burguesa e seus métodos expressos na realidade social. Como bom marxista defendeu uma educação vinculada ao pensamento socialista. Para ele, a classe trabalhadora era a principal força revolucionária, e, portanto seus membros deveriam estar preparados, bem informados e conscientes de seu papel e isto seria uma responsabilidade da Educação. Portanto entendia a Educação como um fator de mudança social.

Max Weber


A obra de Weber, complexa e profunda, constitui um momento da compreensão dos fenômenos históricos e sociais e, ao mesmo tempo, da reflexão sobre o método das ciências histórico-sociais. Historiador, sociólogo, economista e político, Weber trata dos problemas metodológicos com a consciência das dificuldades que emergem do trabalho efetivo do historiador e do sociólogo, sobretudo com a competência do historiador, do sociólogo, e do economista. Crítico da "escola historicista" da economia (Roscher, Knies e Hildebrandt), Weber reivindica contra ela, a autonomia lógica e teórica da ciência, que não pode se submeter a entidades metafísicas como o "espírito do povo" que Savigny, nas pegadas de Hegel, concebia como criador do direito, dos sistemas econômicos, da linguagem e assim por diante. Para Weber, o "espírito do povo" é produto de inumeráveis variáveis culturais e não o fundamento real de todos os fenômenos culturais de um povo.
Por outro lado, o pensamento de Weber caracteriza-se pela crítica ao materialismo histórico, que dogmatiza e petrifica as relações entre as formas de produção e de trabalho (a chamada "estrutura") e as outras manifestações culturais da sociedade (a chamada "superestrutura"), quando na verdade se trata de uma relação que, a cada vez, deve ser esclarecida segundo a sua efetiva configuração. E, para Weber, isso significa que o cientista social deve estar pronto para o reconhecimento da influência que as formas culturais, como a religião, por exemplo, podem ter sobre a própria estrutura econômica.

Émile Durkheim


Durkheim formou-se em Filosofia, porém sua obra inteira é dedicada à Sociologia. Seu principal trabalho é na reflexão e no reconhecimento da existência de uma "Consciência Coletiva". Ele parte do princípio que o homem seria apenas um animal selvagem que só se tornou Humano porque se tornou sociável, ou seja, foi capaz de aprender hábitos e costumes característicos de seu grupo social para poder conviver no meio deste.
A este processo de aprendizagem, Durkheim chamou de "Socialização", a consciência coletiva seria então formada durante a nossa socialização e seria composta por tudo aquilo que habita nossas mentes e que serve para nos orientar como devemos ser, sentir e nos comportar. E esse "tudo" ele chamou de "Fatos Sociais", e disse que esses eram os verdadeiros objetos de estudo da Sociologia.

Materialismo Dialético - Karl Marx

A dialética hegeliana era a dialética do idealismo (doutrina filosófica que nega a realidade individual das coisas distintas do "eu" e só lhes admite a idéia), e a dialética do materialismo é posição filosófica que considera a matéria como a única realidade e que nega a existência da alma, de outra vida e de Deus. Ambas sustentam que realidade e pensamento são a mesma coisa: as leis do pensamento são as leis da realidade. A realidade é contraditória, mas a contradição supera-se na síntese que é a "verdade" dos momentos superados. Hegel considerava ontologicamente (do grego onto + logos; parte da metafísica, que estuda o ser em geral e suas propriedades transcendentais ) a contradição (antítese) e a superação (síntese); Marx considerava historicamente como contradição de classes vinculada a certo tipo de organização social. Hegel apresentava uma filosofia que procurava demonstrar a perfeição do que existia (divinização da estrutura vigente); Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.

Karl Marx - Pensamentos


Marx foi herdeiro da filosofia alemã, considerado ao lado de Kant e Hegel um de seus grandes representantes. Foi um dos maiores pensadores de todos os tempos, tendo uma produção teórica com a extensão e densidade de um Aristóteles , de quem era um admirador. Em uma pesquisa recente da rádio BBC de Londres , Karl Marx foi votado como sendo o maior filósofo de todos os tempos. O que seria irônico, já que este ironiza as veleidades ilusórias dos filósofos(principalmente os filósofos idealistas alemães). Como filósofo, se posiciona muito mais numa supra-filosofia, em que "realizar" a filosofia é antes "abolí-la", ou ao realizá-la, ela mesma se aniquila.